Nos últimos anos, a intersecção entre celebridades e o universo da publicidade infantil tem gerado debates significativos em torno da ética, responsabilidade e potenciais impactos sobre as crianças e adolescentes. Um caso que se destacou nesse contexto foi o envolvimento da atriz e cantora brasileira Larissa Manoela em campanhas publicitárias voltadas para o público jovem.
A recente entrevista da artista no Fantástico acentuou o debate e gerou discussões sobre a proibição de crianças em trabalhos publicitários e os riscos associados ao uso de jovens influenciadores. Enquanto o público debatia os conflitos familiares da atriz, outro ponto se destacava: as precauções necessárias ao elaborar contratos com influenciadores menores de idade e os desafios para as marcas ao trabalharem com eles.
Gigi Grandin, CEO da Grapa Digital e especialista em Marketing de influência, enfatiza a importância de contratos claros que abordem acordos prévios, especialmente em relação a direitos de imagem e exclusividade. O cumprimento das leis, como o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), é crucial para garantir a integridade dos jovens e minimizar riscos.
Essa atenção contratual é relevante tanto para influenciadores quanto para as marcas, as quais também devem se proteger caso surjam controvérsias. Larissa Manoela, por exemplo, enfrentou críticas online ao gerir sua carreira de forma independente, mas a entrevista ao Fantástico ajudou a reverter essa percepção negativa, diante de toda a polêmica envolvendo a sua família.
O aumento da exposição precoce de crianças nas redes sociais é uma preocupação contínua, mas Gigi Grandin destaca que trabalhar com influenciadores jovens pode ser vantajoso, devido à força do mercado direcionado a esse público. No entanto, o fenômeno dos influenciadores infantis também traz à tona questões como assédio, segurança, superexposição, publicidade inadequada e trabalho infantil, levantando à necessidade de abordar o desenvolvimento e impacto psicológico, algo que o caso Larissa Manoela ressalta.
